Nesse sistema é possível obter 600 kg de peixe ao final da fase de engorda.
Nos tanques-rede é possível fazer o cultivo em alta densidade, por isso, eles são mais utilizados para a criação de tilápias e de surubins.
Tanques-rede são gaiolas para peixes, construídas com armação de alumínio e laterais cercadas por telas especiais de arame revestido com plástico de alta aderência. Esses podem ser colocados dentro de represas ou rios.
Os peixes são mantidos no interior dessas gaiolas durante todo o período recomendado para a espécie cultivada. Como nos tanques-rede é possível fazer o cultivo em alta densidade, eles são mais utilizados para a criação de tilápias e de surubins. Esse tipo de viveiro tem sido muito usado, também, na região Amazônica, para o cultivo de tambaqui.
Os tanques não podem ser usados na fase de cria de peixes cujo os alevinos se alimentam de plâncton, pois esse alimento só é produzido em viveiros de terra. É o caso da tilápia, em que a recria só pode ser feita em tanques de terra, mas a engorda é bem sucedida em tanques-rede, pois, nessa fase, ela pode receber apenas ração como alimento principal. Já o surubim, espécie cujo o plâncton não faz parte da dieta, pode ser criado e engordado em tanques-rede.
De acordo com o professor José Eduardo Aracena Rasguido, no curso Criação de Peixes, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “nesse cultivo, o manejo dos peixes consiste em medir a temperatura da água da represa e em fazer a biometria, que é a avaliação do desenvolvimento dos peixes, a fim de determinar a quantidade de ração que deve ser oferecida”.
Independente da fase de cultivo e da espécie de peixe, o intervalo de tempo entre biometrias deve ser de, no máximo, 30 dias. “Em cada medição é necessário fazer cinco pesagens por tanque. O número de peixes utilizados em cada pesagem depende da espécie criada”, acrescenta o professor consultor da Emater-MG.